a água devastou, mas lavou...
Era noite. Aqui, olhava as bátegas de água e os clarões dos relâmpagos. Tanta chuva lá fora.Neste tempo...Tão difícil... Arrancam-se as folhas das árvores das ruas e dos jardins. Despe-se a natureza e a sua nudez, tal como a nossa, acentua a desproteção sentida no caminho invernoso.
A água devastou, mas lavou. Algures, um malmequer/bem me quer qualquer rompe o asfalto como sinal de esperança.
A reclusão imposta por intempéries aproxima-nos da voz do silêncio. Lá fora, os passarinhos não voam.
Tudo foi. Tudo passou.