Feliz 2023
Que a beleza e a alegria, sejam uma constante em 2023. Vivam um dia de cada vez, sem desperdiçar momentos... sejam felizes.
Bom Ano Novo
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Que a beleza e a alegria, sejam uma constante em 2023. Vivam um dia de cada vez, sem desperdiçar momentos... sejam felizes.
Bom Ano Novo
No Japão existe uma antiga tradição chamada Kintsugi, na qual objetos quebrados são consertados com pó de ouro e cola. Portanto, os objetos que são reparados dessa maneira são mais valiosos para seus proprietários. Acham que "as cicatrizes" fazem parte do objeto e representam um momento único em suas vidas. Em vez de serem escondidos, deveriam ser motivo de orgulho. Esses objetos "quebrados" ficam mais bonitos depois de reparados.
Kintsugi também é uma filosofia de vida, pessoas quebradas não são descartadas; eles são reparados e suas cicatrizes assim como os objetos reparados com Kintsugi os tornam mais valiosos e bonitos.
Imagem: Vaso em Kintsugi (Japáo), a arte da imperfeição, também chamada a arte da resiliência.
Kintsugi, a arte e a sabedoria das segundas oportunidades.
Arte: Isabele Tremblay
Às vezes escorrego para dentro de mim, deixo-me cair num daqueles desfiladeiros que existem no meu peito... e a queda arranha-me os sonhos, rasga-me as emoções em pequenos pedaços de uma dor escura. Outras vezes perco-me.Engano-me na rota traçada, no meu marear em dias de oceanos revoltos que me obrigam a naufragar algures, cá dentro, nos lugares do coração... Porque às vezes só há silêncio, ecoando assustador como uma infinita noite de insónia... e a névoa salgada nos meus olhos cega-me, impede-me de descobrir a saída... uma saída. Às vezes tropeço nos meus próprios passos e tombo como ave ferida num voo audaz, embrulhada num cansaço frio, presa a um desânimo sem fim... Porque sou humana. E imperfeita.
A todos os que passam neste blog, desejo um Natal repleto de paz e um Feliz 2023.
Há muito que queria reencontrar esta foto 'de um instante'.
Brilhante!
O tempo é uma entidade que me questiona e intriga. Tem a força imparável da vida a passar veloz e obriga-me a parar, sentada no meu vazio momentâneo. Pergunta-me com a sobrancelha levantada, com ar de desafio, o que faço eu deste dom precioso.
Aí, eu faço uma curta análise do que fiz com as preciosas colheradas deste 'ouro' que me é generosamente dado.
Nas horas que restam deste ano, tenho uma prece de infinita gratidão.
O 'Senhor Tempo' deu-me a mão, largou-a quando tive de sentir o peso das minhas fragilidades. Voltou a dar-me a mão para que eu acertasse o passo com o compasso dos momentos favoráveis e, com a outra mão foi abrindo e fechando janelas e portas através das quais eu vislumbrava em segundos o que devia aceitar e ao que tinha de voltar as costas.
Por todas as coisas estou grata. Pelos sorrisos e pelas lágrimas, pelos momentos em que me senti só, pelo afecto e carinho dos que chamo de amigos.
Ilustração: Les Allumeurs d'Étoiles, de Jean-François Segura.
Mesmo em pleno dia são visíveis os 'acendedores de estrelas'. Num mundo de cegueira emocional e espiritual são cada vez mais raros, preciosos e com vidas dificultadas pela sede de escuridão de tantos. Façamos luz!
[Escrever palavras em pedaços de papel.]
Arte : Solly Smook Otjiwarongo-Namibia
Juntei uma a uma as pedras roladas na areia. O vento, suspenso como uma balada tinha aproximado uma onda, espuma que se desfez aos meus pés. Anoiteceu no céu, cortina de panos entre o nada e a completude.
[ Tudo nos é devido nas incertas alturas. O improvável torna - se algo de concreto.]
Há momentos em que o rio que corre dentro de nós transborda das margens, tal a irreprimível vontade de romper todas as limitações que nos são impostas...
[Tudo nos é devido nas incertas alturas. O improvável torna - se algo de concreto. Hoje, metade de mim é surpresa ,a outra nem sei. Malabarismos da vida...]